quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

CRISTAL 2008

O copo de cristal que cai e quebra: felicidades!
Sorriso: Vc está sendo fotografado!

Período de festas para alguns e de tristeza profunda para a maioria. Esse final de ano especificamente foi um período estranho para mim no que diz respeito as minhas particulares reflexões.

Um amigo de meu pai veio pedir humildemente dinheiro para que pudesse ter o que colocar à sua mesa de ano novo e assim, poder receber seu filho em casa. É claro que meu pai prontamente se mostrou solícito. Situação comovedora essa, tão diferente da minha. Não viajei, mas a mesa de minha casa, graças a Deus, é farta.

Passei o natal e o ano novo um pouco com meus pais e um pouco com a família do namorado de minha irmã. Ambientes alegres e sem lamentações, contraditório sob o ponto de vista social.

Minha tia, já quase nos seus oitenta anos, decidiu passar o ano novo sozinha em sua casa, provavelmente curtindo a solidão e envolta a seus pensamentos. Não foi por falta de convite, minha mãe a chamou para que comemorasse conosco e recebeu como resposta a recusa. Não quis, não podíamos obrigá-la.

Pois é... enquanto uns comemoram a virada do ano com sorriso largo, outros compartilham a solidão com o travesseiro. É fato.

Restos e migalhas, tem?

2 comentários:

Ruy Jobim Neto disse...

O Natal eu passei com minha avó, graças ao lobby de meio ano que ela implementou. O ano novo eu ia passar sozinho também, como há dois anos atrás, assistindo os fogos em Sydney, Moscou, Tóquio, Paris, etc...pela TV. Desta vez Sergio Morettini me fez companhia. Alimentos fartos, bons filmes brasileiros no DVD do computador, início de novo projeto, já à meia-noite, viramos o ano trabalhando e ouvindo jazz no rádio.

Domenico disse...

É, são os percalços da pós-modernidade, viver os dias com dor, ressentimento e medo da solidão em tempos de comemoração. A maioria sofrendo de má consciência internalizada, predomínio das forças reativas como diria o amigo F. Nietzsche.
Mal estar social pós-moderno.
Talvez a sua tia que ficou sozinha foi a que teve mais forças ativas nesse reveillon. Será? não sei. Não somos obrigados a estar com outros e sorrir apenas em dias de festas; por que não sorrir e se alegrar dionisiacamente todos os dias? Ou melhor, quando der na telha?
Vc pelo menos colocou muitas fotos sorridentes aqui no blog!
Bjs